segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ganhar (bem) sem Hulk

Hulk é um dos jogadores mais talentosos e invulgares que o FCP alguma vez teve ao seu serviço. A sua qualidade técnica, o seu portento físico, os índices de motivação que revela, seja num amigável 7-0 com o Tourizense ou num jogo-treino de 5-0 com o primeiro dos últimos da Liga do ano passado, são incomparáveis.

Porém, em fases menos boas, o seu individualismo e uma certa dependência da equipa em relação a ele quando o coletivo não assenta, fazem parte do problema e raramente da solução.

É por isso que me regozijo com a vitória de ontem sobre o Vitória Sport Club, uma equipa atrevida, perigosa no ataque e desejosa de dar uma alegria aos patronos. Ganhar foi importante, pois mantém-nos na frente e motiva, mas para mim foi igualmente decisivo vencer bem na ausência de Hulk.

Sem ele em campo, a equipa é obrigada a procurar alternativas, jogadas e combinações diferentes: mesmo sem Belluschi em campo, Moutinho e Defour tinham de procurar James (solta-te rapaz, tens tanto futebol nesse pé esquerdo), Varela vinha atrás assumir o jogo (acorda para a vida, Drogba da Caparica, que nenhum de nós merece ver o Rodriguez e o Djalma juntos no 11 inicial), e até o Kléber... bom, nada, o Kléber nada, nada, Esqueçam.

Não quero com isto dizer que não precisemos do Incrível e que venham de lá 1oo milhões de euros em eurobonds - Hulk é peça central do que o FCP ainda pode fazer esta época. Mas o jogo de ontem prova que a equipa não depende (assim tanto) dele, ao mesmo tempo que dá confiança aos demais, obriga aquele rapaz com o sobrolho franzido que se senta na cadeira de sonho a trabalhar mais e a arranjar outros automatismos e soluções ofensivas.

Dito isto, caro Givanildo, sei que nos estás a ler: recupera-te rápido, que não és menino para ficar de fora mais que um par de dias.

3 comentários:

  1. É (mais) um problema de treinador. Hulk é um jogador com qualidades intrínsecas incríveis, e no entanto elas são tão mal aproveitadas que chega a parecer que ele é parte do problema e não da solução. Quem me dera a mim ter mais um ou dois Hulks na equipa. E o burro sou eu?

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  2. Sim, mas está visto que o treinador está para ficar, no matter what. Assim sendo, é importante que a equipa cresça dentro do possível e que o faça coletivamente, com mais soluções..

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  3. BP, mais importante que vencer bem na ausência de Hulk foi vencer bem na presença de Vítor Pereira...

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