quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Do meu portismo

Foi com grande agrado que recebi o convite em participar neste Café das Antas com tão distintos dragões como co-bloggers. Prometo estar à altura das expectativas, acompanhar o nosso FC Porto e escrever sobre esta paixão que nos une.
Começo por dizer que a imagem de fundo do blogue é perfeita para este artigo de introdução, a equipa que em 1987 venceu a primeira Taça dos Campeões Europeus. Essa foi a primeira equipa que eu vi ao vivo no saudoso Estádio das Antas, precisamente na meia-final frente ao Dynamo de Kiev, em que vencemos por 2-1 com golos de Futre e André. Desse jogo, recordo o festejo louco de Futre, típico dos anos 80 com o trepar pelas grades e o punho erguido com o público. Tinha 6 anos e é das primeiras lembranças que tenho da vivência do Portismo. Mas ainda antes disso, com 3 ou 4 anos, recordo o meu avô materno, aos domingos, na sala, de rádio colado ao ouvido, seguindo os relatos do Porto. Saltava com ele a cada golo.
Serve isto como apresentação. Sou portista por razões de família e também pela geografia. Nascido na freguesia da Sé, bem no coração da cidade Invicta, e criado à volta de dragões, não podia, felizmente, dar noutra coisa.
Tenho a sorte de ter assistido a todas as vitórias internacionais do FC Porto, de as ter visto a cores e não a preto e branco. Tenho a sorte de presenciar os últimos 30 anos de futebol nacional e de festejar um domínio avassalador sobre os adversários. Muitos mais foram os altos que os baixos. Mas um adepto, um verdadeiro adepto, sente o seu clube independentemente dos altos e dos baixos.
O Porto não está a atravessar um bom momento, por razões já dissecadas aqui no blogue, mas a força dos dragões tem sido saber lidar muito bem com esses momentos “baixos” para responder com momentos “altos” e duradouros. Agora que se operou uma pequena revolução no plantel e com a derrota de Barcelos bem presente, vamos ver que sinais a equipa vai dar aos adeptos.
De resto, agradeço mais uma vez o convite e afirmo parafraseando um dos grandes “filósofos portista”: o meu coração também só tem uma cor, azul e branco.

1 comentário:

  1. Grande aquisição :^) As nossas histórias de portismo têm bastante em comum - com a diferença de eu ser mais velho, logo a minha primeira lembrança é da festa na baixa do campeonato de Pedroto, após 19 anos de jejum.

    Bem-vindo e bons posts! Vamos a isto.

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