quinta-feira, 29 de março de 2012

Esforço de guerra

Comentei eu ontem que era altura de esquecer os erros (múltiplos) desta época, deixar Vítor Pereira em paz e concentrarmo-nos nos seis jogos cruciais que faltam no campeonato. O que fui eu dizer! Imediatamente saltou D. Pedro IV a terreiro e, naquela arrogância muito monárquica (vide o “porque no te callas??” daquele tipo cujo iate é sustentado pelos impostos em Espanha), me pôs de volta ao meu lugar: que isso era um desejo irracional, e que equivaleria a deixar aos adeptos, pobres mortais que somos, uma janela de opiniões que duraria de maio a julho.

Alteza, respeitosamente, não foi nada disso que eu defendi. Simplesmente considero que o assunto Vítor Pereira está esgotado.

Desde o início (really the very beginning) que a ideia não me agradou, e o tempo veio infelizmente dar-me (a mim e a muitos) razão: Vítor Pereira é o novo Octávio, um dos piores treinadores no FCP desde que me lembro de ver futebol. No último jogo, pela enésima vez, estragou do banco as nossas hipóteses de ganhar o jogo: substituição ao intervalo de Defour por Fernando, sem nada que o aconselhasse ou justificasse; resultado, quando Lucho deixou de jogar aos 60 minutos, ficámos com menos um jogador. Depois tirou Janko, que estava pelo menos a dar luta e a fixar os dois centrais adversários, e meteu Kléber, alguém para o mesmo lugar mas que é um verdadeiro fantasma em campo – e o FC Porto acabou aí de perder o meio-campo e o controlo da bola. Finalmente, já empatado, meteu finalmente Varela... aos 88 minutos. Talvez precise de 15 minutos para se decidir, não sei. O que sei é que Varela, e os outros jogadores, lhe deve ter agora tanto respeito como eu tenho por um fiscal de estacionamento da câmara.

Com Vítor Pereira, o FCP é pelo menos consistente: joga menos a cada jogo que passa. Não sei se Luís Campos faria pior. O júri reuniu, decidiu o anunciou o veredito: este tipo sai no fim da época, qualquer que seja a nossa classificação final. Case closed.

Dado que esse assunto está arrumado, it’s time to move on. Ainda estamos na corrida, e o plantel mais caro da história do futebol português só tem de vencer os seis jogos que faltam até ao fim (seis jogos espalhados por dois meses) para ganhar um título. É tudo. Agora interessa-me mais discutir como é possível fazê-lo, e o que é que precisamos de fazer, ignorando o treinador se necessário for. Relembro que no sábado vamos ter uma dessas finais, e na minha opinião o jogo vai ser sempre muito difícil: frente a frente vão estar o pior treinador do FCP e o treinador que eu gostaria de ver treinar o FCP. Apesar da tremenda desproporção de meios das duas equipas, eu acho que o resultado é incerto e que, apesar de eu achar que vamos ganhar, o resultado será tangencial.

E sim, os adeptos são parte integrante do "esforço de guerra". Os que vão ao estádio, os que apoiam do sofá, os que escrevem, os que lêem, e os que não assobiam
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2 comentários:

  1. O assunto VP irá vir sempre em todos os jogos e sempre pelas piores razões infelizmente

    Agora o que poderemos fazer? nada... absolutamente nada.

    O que os jogadores podem fazer? Anarquia talvez? Ir contra a maneira calma e pausada que o VP insiste em mete-los a jogar? O Lucho recuar para 8 por iniciativa própria?

    É muito complicado o VP não ser um assunto recorrente...

    A única coisa que vejo ser possível de fazer é aumentar a intensidade e pressão no inicio do jogo, mesmo contra a vontade do treinador e tentar resolver logo aì o jogo antes do VP dar cabo da equipa toda... mas aì voltamos ao mesmo... anarquia?

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  2. Ok, ok! Nesse dia o faisão tinha-me caído mal e tu queres acreditar que o armeiro-real não me tinha limpo a Beretta tal como lhe tinha ordenado? De loucos!
    O (assunto) VP está morto e enterrado (e pur si muove, muito mais do que deveria...).
    E não penses que me escapou a referência aos Smiths. Boa malha!

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