Bot'acima & Bot'abaixo

Bot’acima

Pinto da Costa

Segurou Vítor Pereira quando qualquer outro presidente lhe teria dado guia de marcha. Teimosia ou argúcia inigualável a verdade é que a jogada lhe saiu (como quase sempre sai) bem. E daqui por 30 anos ninguém se lembrará que o campeonato 2011/12 foi ganho com um futebol de trazer por casa.

FC Porto

Vítor Pereira foi campeão, mas pode bem agradecê-lo ao seu clube. Arrisco-me a dizer que não o teria conseguido em nenhum outro emblema do mundo. Primeiro, porque não teria acabado a época. Segundo, porque nenhum outro clube do gabarito do FC Porto lhe teria sequer dado a oportunidade de a começar.

Hulk

Levou o FC Porto às costas do princípio ao fim. E acreditem, este ano, o fardo era pesado.

Fernando

No final da época passada encadeou disparates uns atrás dos outros. Passou depois o defeso a dizer que era hora de sair. Não era. Pinto da Costa tratou de o meter na linha e a verdade é que deu ao longo do ano provas de profissionalismo, fazendo um época, como diria o nosso Vítor Pereira, “competente”. Ao contrário de outros rapazinhos que por lá andaram.

Portugueses na Liga Europa

Nas duas últimas épocas, dos oito clubes que chegaram às meias-finais da Liga Europa, quatro eram portugueses. Nem tudo vai mal com o nosso futebol.

Os oito duros

Equacionaram atirar-se para o chão no início do jogo contra o Feireise para terminar cedo com a agonia. Não o fizeram e aguentaram estoicamente até ao apito final do árbitro, alguns deles sabendo que tarde ou nunca veriam os salários que a U. Leiria lhes promete mas não paga. Pelo menos a estes oito ninguém pode acusar de falta de brio. Bravo!

& Bot’abaixo

Álvaro Pereira

Não é ministro mas não lhe fazia mal comportar-se como um. As boas-maneiras aprendem-se em tenra idade. Que a um senhor chamado Zidane lhe pare o cérebro na final de um campeonato do mundo porque um pulha adversário lhe insulta a irmã, é uma coisa. Que um tipo chamado Álvaro Pereira perca literalmente as estribeiras porque é substituído quando não está a jogar um charuto e, ainda para mais, amarelado, é outra.  Não calçou na Madeira e, a meu ver, bem.

O “movimento de clubes de Fátima”

Votou a favor do alargamento da Liga de 16 para 18 clubes e deu há duas semanas conta do seu desagrado pelo facto do presidente da FPF se ter pronunciado abertamente contra este ridículo (o “ridículo” é meu) alargamento. Dos supostos vinte clubes que constituem o movimento, segundo a minha última contagem, oito(!) já se demarcaram “das posições assumidas em nome de todos” (ora aí está um movimento solidário). Mas curioso, curioso é o facto de, dos nove clubes da primeira divisão que integram este dito movimento, oito estarem na segunda metade da tabela (i.e. clubes que lutam sistematicamente pela manutenção). Alargamento a bem do futebol nacional, dizem eles. Se o descaramento pagasse imposto...

“O estado a que isto chegou”

Que num campeonato de futebol de um país do top 10 mundial uma equipa termine um jogo com 8 jogadores é coisa normal. O que não é normal é que o comece assim por salários em atraso. O estado a que isto chegou.