Dos Barreiros ao sofá

Nos Barreiros, num relvado que estava mais complicado do que parecia, o Porto fez 25 minutos de muito bom futebol. Entrou mandão, seguro atrás e objectivo na frente. A opção do tridente móvel em vez de Janko ou Kléber, foi uma boa solução. Após o 1-0 o Marítimo reposicionou-se e conteve as ofensivas dos Dragões com mais facilidade. A partir dessa altura o jogo caiu na monotonia até ao intervalo. Na segunda parte o Porto limitou-se a gerir. Nessa altura já se notava que o acerto dos passes tornava-se cada vez mais complicado e tudo se limitava a duelos no meio campo. VP que colocou James no banco ou o substituiu jogos e jogos seguidos, decidiu aguentar o colombiano tempo a mais num dia em que as coisas não lhe estavam a correr bem. Depois optou por ficar com Hulk e Djalma abertos, jogar sem ponta de lança e pondo Lucho numa zona de ninguém onde até ao fim tocou uma vez na bola num lance de baliza escancarada. No fim até fez uma jogada à Fernando Santos que foi meter mais um central. Enfim, o tal pragmatismo foi levado ao limite, veio o segundo penálti provocado pelo Miranda (homem que fez umas 10 faltas e só veio para a rua no fim, ainda falaram de dualidade de critérios! essa bela expressão que serve para tudo, sobretudo para esconder uma exibição fraca do Marítimo neste caso). Fez-se o 2-0 e foi-se para o sofá. Os louvores e críticas a dar e a fazer neste jogo são as do costume: o Porto não empolga mas vence, a par da monotonia do seu futebol revela uma solidez de equipa que o leva (e levou) aos triunfos. Tudo isso será analisado no fim. Venceu-se na Madeira e festejou-se um dia depois com a notícia vindo dos Arcos. Um bicampeonato é um bicampeonato.