Dos jogos de pré-época

O nosso Porto venceu até agora todos os jogos de preparação. Como escrevi há um tempo, a definição do plantel está pendente de alguns assuntos, sobretudo Hulk. Pelos vistos Moutinho também poderá estar no limbo, bem como Fernando. Sabendo que não podem sair os dois médios, a saída de um deles condiciona toda a estratégia de jogo. Arrisco até a dizer que sem Fernando (que é a continuação genética de Paulo Assunção e um pouco de Costinha) o Porto será uma equipa totalmente diferente dos últimos 10 anos. Se sair Moutinho perde-se uma peça de qualidade superior mas seria, se calhar, uma oportunidade de VP "recuperar" Belluschi, que sendo diferente e menos regular, não deixa de dar à equipa uma criatividade diferente ao miolo.

Mas casos de transferências à parte, do pouco que vi, o Porto mantém o estilo VP. Equipa organizada e sempre preocupada com o equilíbrio. A posse é a obsessão e o ataque funciona muito à custa da qualidade das triangulações. VP parece abdicar de vez de passes de rotura e lançamentos nas costas dos defesas. Eu gosto da posse, entendam-me, mas Villas-Boas, por exemplo, encontrara o meio-termo há duas épocas atrás, entre a tal posse e as transições rápidas.

Mas o que me traz aqui são antes a análise dos números até então, sobretudo o de golos sofridos: zero! Tive um treinador que dizia que o mais importante da pré-época eram duas coisas: criar oportunidades de golo e sofrer poucos golos. Nisto estamos no bom caminho. Isso e os livres de Maicon, que aproveite batê-los agora, pois se o Hulk ficar, já se sabe, é o dono da bola.

Mantém-se o repto: