Num esforço para completar esta série antes de acabar o europeu, vamos aviar o resto do grupo D de uma vez só, em versão abreviada:
França: Stéphane Paille
Para quem não conseguir ler as legendas, o Stéphane é o da direita
Chegou às Antas numa altura em que as contratações ainda eram relativamente raras - e um francês, ainda para mais avançado, era uma coisa exótica. Gerou muita expectativa, porque o Porto não tinha um verdadeiro "número 9" desde que o Gomes se reformara.
Já agora, uma foto do Gomes e do assombroso penteado do Gomes
Durou um ano. Não se adaptou, e sobretudo chegou na altura em que se formou a dupla Domingos-Kostadinov - o francês era desnecessário. Passou o resto da carreira numa série de clubes franceses - e a certa altura acusou cannabis num controlo antidoping.
UM GOLO
Até vão dois - ambos contra esse potentado da bola, o Portadown irlandês (têm é que clicar no link, que não estou a conseguir fazer embeds...)
E MAIS:
Ally Cissokho, o homem da II Divisão francesa que esteve uns meses no Setúbal, outros meses nas Antas, fez um grande jogo em Manchester e pimba vai para Lyon por 14 milhões. Alguém se lembra de mais franceses nas Antas?
Suécia: Lars Eriksson
Para melhor apreciar o Helton basta pensar no calvário que foi a história das tentativas do Porto de substituir o Baía. Um dos candidatos falhados foi o amigo Eriksson, com dois esses, que passou três anos no FCP e jogou uma dezena de jogos, um dos quais uma mítica final da supertaça em Paris cheia de frangos.
Segundo o excelente blog Basculação, voltou para a Suécia e aos 43 anos ainda jogava.
E MAIS
Havia o Fredrik Soderstrom, que tinha três nomes próprios (Sven Olof Fredrik). O Porto não costuma ter muitos nórdicos, pois não? Alguém se lembra de mais escandinavos que tenham passado por cá?
Inglaterra: Sir Bobby
Robert William Robson - um grande treinador, um fulano simpático. Três coisas avulsas sobre ele:
-passou quatro anos e Portugal sem conseguir falar mais de três palavras seguidas de português - e não era por falta de esforço, via-se que o homem queria aprender!
-raramente fazia substituições até aos últimos 15 minutos, independentemente de como estivesse a correr o jogo
-os primeiros treinos no FCP foram dedicados especialmente ao remate - punha toda a equipa a treinar remates
UM GOLO
Tomem lá cinco, em Bremen.
E MAIS
Numa cidade tão anglófila como o Porto nunca houve um jogador inglês? Também aceito sugestões de escoceses, galeses e irlandeses.
Tommy Docherty, um escocês que treinou o Porto nos anos 70 mas acho que não ganhou nada...
ResponderEliminaro guarda redes da imagem nao é o eriksson mas sim os wozniak... Cumprimentos
ResponderEliminar@ Félix: Obrigado!
ResponderEliminar@ Bruno: Ooooh, pois é, este é careca, há que mudar a foto...
Bom dia amigos,
ResponderEliminarApós prolongada ausência volto a este café para falar no treinador que mais me marcou ao longo destes 33 anos que tenho de vida: Sir Bobby Robson
Tinha eu 15 anos, quando nas épocas 93/94 (meia época), 94/95 e 95/96, ainda o futebol era aos domingos à tarde no velhinho estádio das Antas, eu assistia ao mais belo futebol praticado pelo meu Porto até aos dias de hoje.
Jogávamos num 4*4*2, e tínhamos um futebol simples e rápido, de ataque muito atractivo. Baia, João Pinto, Rui Jorge, Aloísio, Zé Carlos, Emerson, Kulkov, Drulovic, Secretário, Domingos e Yuran.
Na época 93/94 apesar de só vir a meio da época, ainda ganhou uma Taça de Portugal ao Sporting que o tinha despedido, e levou nos até às meias finais da liga dos campeões, onde fomos vencidos pelo gigante Barcelona, que acabou por perder a final da taça dos campeões europeus contra o Milão por 4-0. Nessa meia final cometeu um erro muito badalado na altura… colocou o Aloísio a lateral esquerdo.
Fica também para a história na fase de apuramento a fantástica vitória por 5-0 na casa do então poderoso Werder Bremen. O F.C. Porto cilindrou completamente o Werder Bremen na altura a melhor equipa alemã. Numa equipa onde jogavam Timofte, Domingos, José Carlos e Fernando Couto, a equipa portista deu uma lição de futebol aos alemães.
Nesse ano só o Barcelona nos travou nas meias finais da Liga dos Campeões.
Na época de 94/95 marcamos 73 golos em 34 jogos e na época de 95/96 marcamos 84 golos em 34 jogos.
Eram épocas em que goleávamos nas antas, muitas das vezes ainda me estava a sentar e já lá morava o primeiro. Não tenho certeza absoluta, mas numa dessas épocas chegamos a marcar o golo mais rápido até então.
Sempre tentou falar português nas conferências de imprensa, onde misturava português com inglês e toda a gente entendia. Sempre sorridente quando pisava o relvado antes dos jogos, acenava aos adeptos, e vinha sempre verificar se o relvado havia sido bem regado.
Trocou nos pelo Barcelona, não tendo a atitude mais correcta com o nosso presidente e clube, mas nada disto irá apagar da minha memória os jogos fantásticos que assisti naquelas tarde de domingo no velhinho Estádio das Antas.
Bobby Robson, o cavalheiro do sorriso permanente e contagiante, cedeu aos 76 anos, em 31 de Julho de 2009 no último jogo da vida, frente ao mais difícil dos adversários, que já por várias vezes havia fintado e até derrotado.
Mais deixou os seus cavaleiros que têm conquistado a Europa ....
http://pronunciadodragao.blogspot.pt/2010/06/os-cavaleiros-de-sir-bobby-robson.html
Abraço
Paulo
Boa noite!
ResponderEliminarMike Walsh. Creio que era/é galês e esteve por cá 2 ou 3 épocas, não me lembro bem. Era bom jogador e jopgava com regularidade. Um aparte: teve (a mulher) quadrigémeos durante a sua estada por cá.
Abraço e boas férias (para quem estiver e as tiver)
Fernando Oliveira