Pressinto que este vai ser um tema de discórdia. Aliás, o tema em geral, gera uma controvérsia curta e dura, dado que de um lado está uma maioria e do outro uma minoria. Eu estou do lado da minoria.
Falo do "amor" do adepto tuga pelo jogador "habilidoso", ou melhor dito, do "ódio" pelo jogador "simples".
Por exemplo, sempre fui um crítico de jogadores tipo João Vieira Pinto, Pedro Barbosa e Quaresma. Crítico no sentido de que, considerando-os bons jogadores sem dúvida, sempre achei que lhes davam valor a mais do que realmente tinham. Um dos argumentos que apresento é transparente: currículo, títulos. Por exemplo, JVP no Benfica ganhou muito pouco e arrastou-se por lá anos e anos como jogador fundamental. Sempre gostei disso, foi sinal na grande parte dos anos, de incapacidade benfiquista em vencer algo que se visse. O Pedro Barbosa no Sporting igual para pior. Brilhava frete ao Gil Vicente mas era um jogador a menos em muitos jogos. Quaresma, quando apareceu no Sporting a mesma coisa. Um talento do outro mundo que desapareceu em Barcelona. Claro que JVP e Quaresma, brilharam depois, um no Sporting e outro no Porto. e brilharam porque de facto tinham qualidade, mas deixaram de ser supostos "salvadores" ou somente jogadores de "talento". JVP ingressou num Sporting bem organizado com um senhor chamado Jardel que com JVP formava uma dupla temível. Quaresma, após um ano difícil no Porto, encontrou num treinador holandês a disciplina que lhe faltava e depois com Jesualdo, estava rodeado de um meio campo comandado por Lucho que lhe davam apenas a liberdade necessária para as trivelas mortíferas.
Não estou a ser contraditório, frise bem que se tratavam de jogadores bons, com talento, mas que a meu ver, passaram demasiado tempo à sombra de isso por si só. Como estes há mais exemplos.
Dito isto, refiro-me agora ao título deste artigo, aos tipos "Maicon e Djalma" no Porto deste ano. Não sou fã nem dum nem de outro, mas estou a léguas do "ódio" que eles geram. Sei por experiência, que uma equipa, um plantel precisa destes jogadores. Não é totalmente a história de "Zidanes " Pavons" do Real Madrid galáctico. Mas a inclusão de Maicon a defesa direito há uns meses e da titularidade de Djalma não foram as piores decisões de VP no FC Porto.
Se olharmos para as suas exibições, o Maicon cumpriu os mínimos sempre que jogou a defesa direito. Defendeu bem. Não atacava muito porque não sabe, e eu prefiro de longe um jogador que faz apenas o que sabe e que não inventa. Djalma, quando entrou no 11 também não foi brilhante, mas trouxe pelo menos uma entrega e velocidade que nenhum dos outros supostos titulares estava a dar nas alas (Varelas, Cristians e companhia).
O que eu quero dizer, é que para se avaliar um problema, o caminho mais fácil não é criticar-se a solução do momento caindo no erro de uma avaliação injusta.
Num ano que está difícil, atribuo muito pouca culpa à titularidade destes dois jogadores. Penso até, que se minimizaram as perdas com estes dois jogadores.
Não sei se fui claro o suficiente, mas concluo: claro que o defesa direito do Porto tem de saber atacar, claro que há no plantel jogadores "melhores" que Djalma", mas a verdade é que quando eles jogaram, na minha opinião, não havia melhores, e se porventura, agora já existem outras soluções melhores, foi porque ambos cumpriram os mínimos.
Falo do "amor" do adepto tuga pelo jogador "habilidoso", ou melhor dito, do "ódio" pelo jogador "simples".
Por exemplo, sempre fui um crítico de jogadores tipo João Vieira Pinto, Pedro Barbosa e Quaresma. Crítico no sentido de que, considerando-os bons jogadores sem dúvida, sempre achei que lhes davam valor a mais do que realmente tinham. Um dos argumentos que apresento é transparente: currículo, títulos. Por exemplo, JVP no Benfica ganhou muito pouco e arrastou-se por lá anos e anos como jogador fundamental. Sempre gostei disso, foi sinal na grande parte dos anos, de incapacidade benfiquista em vencer algo que se visse. O Pedro Barbosa no Sporting igual para pior. Brilhava frete ao Gil Vicente mas era um jogador a menos em muitos jogos. Quaresma, quando apareceu no Sporting a mesma coisa. Um talento do outro mundo que desapareceu em Barcelona. Claro que JVP e Quaresma, brilharam depois, um no Sporting e outro no Porto. e brilharam porque de facto tinham qualidade, mas deixaram de ser supostos "salvadores" ou somente jogadores de "talento". JVP ingressou num Sporting bem organizado com um senhor chamado Jardel que com JVP formava uma dupla temível. Quaresma, após um ano difícil no Porto, encontrou num treinador holandês a disciplina que lhe faltava e depois com Jesualdo, estava rodeado de um meio campo comandado por Lucho que lhe davam apenas a liberdade necessária para as trivelas mortíferas.
Não estou a ser contraditório, frise bem que se tratavam de jogadores bons, com talento, mas que a meu ver, passaram demasiado tempo à sombra de isso por si só. Como estes há mais exemplos.
Dito isto, refiro-me agora ao título deste artigo, aos tipos "Maicon e Djalma" no Porto deste ano. Não sou fã nem dum nem de outro, mas estou a léguas do "ódio" que eles geram. Sei por experiência, que uma equipa, um plantel precisa destes jogadores. Não é totalmente a história de "Zidanes " Pavons" do Real Madrid galáctico. Mas a inclusão de Maicon a defesa direito há uns meses e da titularidade de Djalma não foram as piores decisões de VP no FC Porto.
Se olharmos para as suas exibições, o Maicon cumpriu os mínimos sempre que jogou a defesa direito. Defendeu bem. Não atacava muito porque não sabe, e eu prefiro de longe um jogador que faz apenas o que sabe e que não inventa. Djalma, quando entrou no 11 também não foi brilhante, mas trouxe pelo menos uma entrega e velocidade que nenhum dos outros supostos titulares estava a dar nas alas (Varelas, Cristians e companhia).
O que eu quero dizer, é que para se avaliar um problema, o caminho mais fácil não é criticar-se a solução do momento caindo no erro de uma avaliação injusta.
Num ano que está difícil, atribuo muito pouca culpa à titularidade destes dois jogadores. Penso até, que se minimizaram as perdas com estes dois jogadores.
Não sei se fui claro o suficiente, mas concluo: claro que o defesa direito do Porto tem de saber atacar, claro que há no plantel jogadores "melhores" que Djalma", mas a verdade é que quando eles jogaram, na minha opinião, não havia melhores, e se porventura, agora já existem outras soluções melhores, foi porque ambos cumpriram os mínimos.
Lipe, eu percebo o ponto e também acho que o Maicon é muitíssimo melhor lateral-direito do que central (?). Prefiro que ele salte à bola e falhe, mas que esta vá para a lateral do que para o coração da área...sobre o Djalma, a jogada que fez para o golo do Palito hoje deixa perceber que é um jogador com potencial e talento, que pode ser útil em alguns jogos. Mas.. (há sempre um mas), do mesmo modo que há jogadores habilidosos que nunca serão de outra galáxia (Quaresma...), creio que há certos jogadores que, sendo dedicados e trabalhadores, serão grandes jogadores no Braga ou no Guimarães, mas nunca numa equipa com o nível de pressão e de exigência do FCP.
ResponderEliminarDito isto, não acho que o problema do nosso clube este ano seja o Maicon e o Djalma serem titulares. É apenas que a gestão errática do plantel chegou ao ponto de os colocar como indiscutíveis.. Daí esperar que esta mini-revolução do plantel possa nivelar por cima e tornar mais difícil (?) o trabalho (?) do VP...
Estou frontalmente em desacordo com o espírito do post (embora não tanto com os casos em concreto).
ResponderEliminarNão critico Maicon nem Djalma. Ambos tem qualidades não dispiciendas como jogadores, qualidade talvez suficiente (é discutível, admitamos) para fazerem parte do plantel do melhor clube do mundo, podendo ser úteis pontualmente. Maicon acaba de fazer duas boas exibições como central (é verdade que o grau de dificuldade dos dois jogos foi baixo).
O problema não é que os plantéis também se façam com jogadores como eles; o problema é que só se façam de jogadores como eles. Mesmo que atualmente subordinado ao espartilho dos esquemas, do laboratório, da pressão alta, dos processos defensivos, dos km a correr em vez de a jogar e do diabo a quatro, o futebol ainda é decidido em última instância pelo génio, pela criatividade e pelo talento inato. E esse é emprestado pelos Quaresmas (o homem que nos levou às costas durante pelo menos uma época e meia, convinha não esquecer) e pelos Jameses, não é pelos Maicons.
O problema, claro, é sempre o mesmo: os fracos líderes apoiam-se em fracos liderados (que sabem que têm vantagens em se subordinar ao poder) e não sabem gerir os génios nem extrair deles o que de mais sumarento eles têm para oferecer. É por isso que no FC Porto de Co Adriaanse não jogavam Diego, Anderson nem Quaresma, mas jogava Jorginho. É por isso que no FC Porto atual James fica no banco e Iturbe na bancada, mas Cristian Rodríguez e Djalma são titulares.
Julgo que dissemos +/- a mesma coisa Zero. A minha "luta" anti-JVP's vem de trás, e foi devido a anos e anos de ver elevados a "craques" jogadores que não o eram de facto, em deterimento de outros que de facto eram. Por exemplo Rui Barros, que foi dos melhores jogadores nacionais, com um currículo brilhante, dos primeiros a conseguir uma carreira internacional de respeito e que nunca teve o reconhecimento nacional que outros tiveram sem sair da cepa torta.
ResponderEliminarExplicando melhor: eu não acho que Maicon e Djalma devam ser titulares ou deixar de serem, mas como bem disseste, há meninos que precisam de banco para depois mostrarem o que valem, quaresma foi assim com o Co, e no ano que nos levou às costas, a equipa montou-se "jesualdilicamente" para que isso acontecesse (e muitissimo bem, eu apesar de critico, era fã incondicional das trivelas e do génio, basta ler coisas que escrevi no passado), a minha "luta" é outra: a do "endeusar" de certos artistas, muito ao jeito de outros clubes. James tem lugar de caras nesta equipa, mas não me choca ir ao banco de quando vez em jogos "menos dificeis". eu relembro os anos de Mourinho, com Ricardos Costas, Marcos ferreiras, Jankauskas e Tiagos a jogarem certos jogos importantes.
O meu probelma com VP nem são as opções de 11 (acho que nisso cada um tem o seu 11), o meu problema com VP é a falta de liderança e ideias objectivas que ele tem, porque mesmo com um ou dois Maicons em campo o Porto tem argumentos mais que suficientes para vencer 90% dos jogos.