quinta-feira, 8 de março de 2012

Panteão: Jorge Costa

E porque hoje é um dia triste para mim, a braços com um problema grave de ligamentos no joelho esquerdo, escolho um símbolo maior do FC Porto para o atirar para o Panteão. Um jogador que durante a sua carreira teve duas roturas de ligamentos cruzados, o pior pesadelo do jogador, e das duas recuperou a 100%. Aliás na primeira, contraída ao serviço da seleção, reza a lenda que Jorge Costa não se apercebeu do problema e terminou o jogo.

Jorge Costa, o "Bicho", jogou 13 épocas no FC Porto, mais duas emprestado pelo FC Porto (Penafiel e Marítimo), mais várias épocas de escalões jovens de FC Porto. Ganhou 20 títulos oficiais, o respeito de colegas e adversários, a devoção dos adeptos, e um nome a letras de ouro sobre azul no nosso clube. Sim, também teve momentos baixos, não lidou bem com algumas passagens pelo banco, mais foi preciso um plantador de batatas vir treinar o nosso clube em 2001 para que o Bicho fosse obrigado a procurar outra camisola (bem feia, por sinal) em Charlton, e outra alcunha em "Tank".

Jorge Costa não terminou a carreira no FC Porto, porque em 2005/2006 já os cristãos-novos tinham tomado conta da SAD - era o tempo de Co Adriaanse, o treinador que tinha Vítor Baía mas preferia Helton, que tinha Bosingwa mas quis comprar Sonkaya, que tinha Bruno Alves mas preferia Ricardo Costa, que tinha Anderson, Diego e Quaresma mas preferia Jorginho. E que tinha Jorge Costa, mas preferia ser ele o capataz - e então o Bicho veio passear até Liège, terra cinzenta, fazendo companhia a Sérgio Conceição, outro magnífico jogador e portista que merecia outro reconhecimento do clube.

Não importa. Capitão é capitão - Jorge Costa é um portista de panteão, um portuense (o último portuense a destacar-se no clube) que ficará sempre definido pelo seu "fighting spirit". Um jogo que o define bem poderá ser o ocorrido no Restelo em 2003. O Belenenses tinha marcado um golo fortuito bastante cedo e a primeira parte não tinha sido famosa para os azuis-e-brancos (naquela noite a jogar de turquesa). Ao intervalo, o treinador, um tal de Mourinho, ia começar a falar mas o Bicho interrompeu-o: "caralho, aqueles gajos num jogam nada. Se não ganhamos este jogo hoje, nunca mais jogo futebol". Começa a segunda parte, e em cinco minutos Jorge Costa empata de cabeça e depois recupera uma bola a meio campo, leva a bola para o ataque, passa-a, continua a acompanhar a jogada e já na grande área é ele que marca de recarga para o 1-2. O FC Porto ganhou e o Bicho continuou a jogar. Googlem o jogo, vale a pena.

5 comentários:

  1. Rapidas melhoras, no nosso Porto para além do do Bicho, tens outros exemplos de recuperações de sucesso a problemas de ligamentos. O mais rapdo acho que foi o de Derlei que ainda foi a tempo de marcar o penalti na Corunha e levar-nos ao Monaco!

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  2. Melhoras zero! Mas sabes que dificilmente veríamos o Bicho a jogar vólei, não sabes....?

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  3. http://videos.sapo.pt/awWz9AjhyhZD3L8EVjcN

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  4. rápidas melhoras.

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todos vós! ;)
    Miguel | Tomo II

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