quarta-feira, 4 de abril de 2012

As virgens do regime strike again!

Irrita-me de sobremaneira esta doença do politicamente correto que governa Portugal.
É aliás para mim um dos grandes problemas deste país.
Todos sabemos as cores dominantes da imprensa (sejam clubistas ou políticas) mas porque raio não podemos ver os jornais a tomarem às claras (por exemplo em editorial) partido de A ou B nas eleições? Porque não podem os jornalistas desportivos assumir às claras o seu clube, segredo que guardam como se da fórmula da Coca-Cola se tratasse? 
Os que são para mim os melhores do mundo quer na análise política quer na análise desportiva, assumem-se! “Apoio este”, “sou daquele” sem probemas, sem falsos pudores… Às claras!
Ultrapassado que esteja este segredo (de polichinelo) que os jornalistas portugueses insistem em guardar com medo de perderem a sua "pseudo-isenção", poderiam então entrar no que realmente importa: o seu conhecimento, a sua análise, a sua capacidade de comunicar e (SIM!) a sua isenção. Porque gostar de um clube não nos retira um grama de isenção, a não ser que queiramos. 
O leitor/ouvinte/espectador será sempre soberano na avaliação que faz do que realmente importa: o conteúdo.
Os dois melhores exemplos são o The Economist e o Jorge Valdano.
Toda a gente sabe "de onde eles vêm", toda a gente os deve ler/ouvir porque são do melhor que se faz no mundo. De acordo ou não com o que dizem, mas são opiniões intelectualmente honestas e é isso que nos deve interessar.
Para o folclore temos as Benficas TV cá do sítio. 

Este desabafo (ligeiramente off-topic, admito) a propósito do ridículo caso do João Gobern na RTPN:


 

É exasperante este tique português de viver da espuma dos dias, das aparências…

Disclaimer: Não gosto de João Gobern, ponto. Não gosto dele como "radialista", como "comentador desportivo", como "opinador profissional", um dos muitos que este país tem. Não gosto mesmo: quando ele aparece, eu saio. É mais um daqueles com exposição mediática que tem  mais ego que neurónios, que me provoca imediata urticária. Benfiquista? Certo, mas antes disso (e sobretudo) é mau! 

4 comentários:

  1. Será uma melhoria significativa para a Benfica TV mas um desperdício de tempo numa televisão publica!

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  2. Oh Rocky! Take it easy...tanto ódio, rapaz.
    És apenas mais um exemplo de um frustrado que não consegue separar as àguas... compreendo que não seja fácil ser do teu clube, mas para tudo há uma solução, hum?

    O cidadão João Gobern tem é que comer menos sandes de torresmos, se não da próxima vez que festeje um golo de igual maneira, ou se borra todo, ou tem um ataque cardíaco.

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  3. Confesso que não esperava ver no Café das Antas (logo aqui) uma apaixonada defesa da personagem sebosa que se apresenta como João Gobern. É desencorajante.
    E náo esperava sobretudo ver tanta confusão em conceitos e princípios que não podem ser confundidos.
    É óbvio que o “comentador de futebol” Gobern tinha de ser despedido das suas funções como efetivamente foi. Aliás ele próprio colocou imediatamente o lugar à disposição, como tinha de ter feito. O comentador de futebol estava ali, em direto na televisão pública, pago principescamente pela televisão pública, que é financiada com os impostos de todos nós – BRACARENSES, PORTISTAS, bafuquistas, outros clubes e pessoas que não gostam de futebol – para comentar futebol como entendido e independente. Era esse o produto que era vendido, e consumia quem quisesse. As considerações de qualidade e de gosto (ambos inexistentes) estão aqui arredadas.
    O Gobernito decidiu que o seu registo era mais o do grunho que com seu punho atinge metaforicamente os adeptos de um Braga (neste caso) a quem minutos antes ou depois passa a mão pelo pêlo, elogiando-lhes a equipa e pretendendo tecer considerações avalizadas sobre o que eles fizeram ou deixa de fazer. A isso chama-se, no mínimo, publicidade enganosa, embora a mim me pareça mais corrupção moral e ética da mais baixa espécie. Também podes dizer que alguém está a vender rato gordo por lebre. Aquilo não era um produto com “paineleiros”, em que há três idiotas que estão ali a defender uma dama claramente identificada. Era algo com pretensões sérias e, se a ideia é vender um FC Porto x Benfica em comentadores (tenho grandes dúvidas que Bruno Prata nos pudesse representar, a propos), então é identificá-lo, que é assim que o produto tem de ser vendido.
    A indignação de um portista quanto ao despedimento deste cromo aflige-me sobremaneira sabendo ainda por cima que falamos de Portugal: o país onde a incompetência impera impune (=sem despedimentos), e mais particularmente o país onde o polvo encarnado manobra a comunicação social de tal forma que Goebbels parece um aprendiz de feiticeiro, e ainda mais particularmente uma televisão do regime que sempre foi capacho do clube do regime e que só aceita funcionários que tenham cartãozinho vermelho do clube do regime. O despedimento do gordo surpreende? Só por ser inédito num país como este. Já a indignação pelo seu despedimento não surpreende, já que os acólitos do clube do regime consideram que é seu direito divino fazer tudo, inclusive festejar os seus golos em directo e de forma alarve na cara dos contribuintes.
    E já agora, o exemplo do Economist é péssimo. Dentro de uma linha editorial liberal e bem conhecida da revista, a sua influência advém precisamente da diversidade e do distanciamento dos seus jornalistas, bem como do facto de eles escolherem e apoiarem quem consideram mais capaz, independentemente da sua matriz ideológica. Chama-se competência, qualidade e meritocracia, bem como independência e imparcialidade. Conceitos que o gordo não teve, tem ou terá.

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  4. caríssimas(os),

    votos de uma Santa e Feliz Páscoa, para vocês e para todos quantos vos são queridos!
    (extensível a quem visita este blogue de referência da bluegosfera)

    cuidado com as amêndoas e com o coelhinho (da Páscoa?)
    qual coelhinho? o do vídeo em anexo ;)

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
    Miguel | Tomo II

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