segunda-feira, 7 de maio de 2012

Quatro coisas que me ocorreram durante o jogo de sábado (sem falar no jogo)

No sábado fui à bola. Levei uma menina de 5 anos, que teve de aturar uma valente seca durante à volta de uma hora até as coisas animarem.
Correndo o risco de ser controverso, vou dizer o seguinte: este rapaz tem jeito para jogar à bola.


Mas não vou falar do jogo propriamente dito (*), vou falar da experiência de um jogo para festejar o título. E vou fazer imensos queixumes e lamentações, mas não me interpretem mal, é só porque já fui a bastantes, algumas com mais piada. Mas esta também foi gira, continua a ter graça por muitas vezes que aconteça. Ora então:

 

 

O cartaz


Sempre me chateou ter jogos com "grandes" nas primeiras ou nas últimas jornadas. As primeiras jornadas são para conhecer a equipa, as últimas para decidir e festejar o título. São uns 4 ou 5 jogos com casa cheia ou quase. Meter aí jogos com "grandes" é desperdiçar uma receita e um dia com ambiente de jogo a sério.
Este ano com o SCP, ainda para mais, em vez de um jogo grande a sério, aquilo estava com ambiente de semi-amigável, em que eles tinham para jogar uma vaguíssima esperança de ir à Champions e o FCP o incentivo de fazer boa figura na festa. De resto, a festa...


Ser campeão sem jogar


...não é a mesma coisa quando se ganha o campeonato a ver televisão. Enfim, ser campeão não é coisa que se marque para a data mais conveniente, quanto mais cedo melhor, mas tem mais piada ganhar mesmo no campo, e se fosse em casa melhor ainda.

 

Estádios modernos


São excelentes. É óptimo poder chegar ao estádio cinco minutos antes (e não várias  horas antes) e ter a garantia de ficar numa cadeira no sítio para onde se comprou bilhete (e não no meio da molhada). A acústica, a visibilidade, o conforto... É tudo melhor no estádio novo que nas velhas Antas. Mas, sobretudo nos jogos importantes, falta ambiente ao estádio.
Não é mal do Dragão, é de todos os estádios modernos. Tanto conforto inibe a emoção. Há um certo tipo de euforia que só é possível atingir depois de ter passado duas horas aos encontrões para entrar, e hora e meia a apanhar chuva na cabeça, sentado em bancadas de pedra de pé porque não há lugares sentados.




 

A  festa no fim


Mais uma vez estou a datar-me, mas as festas à maneira antiga, com invasão do relvado e os jogadores a saírem em pelota porque o pessoal lhes roubava até as meias e as cuecas... bem, essas festas eram um óbvio sinal de terceiro-mundismo e eu nunca fui a correr para o relvado. Isto assim de facto é mais civilizado. Mas que as invasões de campo tinham um certo encanto, ah isso tinham. Olhem como era há vinte anos:


 

 
(*) OK, pronto, sempre vou dizer alguma coisa sobre o jogo: foi uma treta, mal jogado, depois o Rrrrames Rodriguez fez expulsar o americano tosco e a coisa resolveu-se.
Foi a temporada em microcosmos: começou assim-assim, para o meio teve alturas muito tremidas, na segunda parte chegou a haver um momento em que achei que não íamos ganhar, mas no fim a coisa lá se resolveu, sobretudo graças ao Givanildo.
E, já agora: acho que o Álvaro Pereira vai fazer muita falta.

1 comentário:

  1. eu estive naquela invasão de campo - no célebre jogo em que o João Pinto marcou o único golo da partida, ante o Vitória (à época, de Pimenta Machado, logo com muito mais piada - pelas mentiras matinais que já não o eram à nooite...) porque chutou a bola «com o pé que tinha mais à mão».

    foi a minha primeira - e não!, não levei nenhum "recuerdo" comigo, para casa (simplesmente porque, quando almejei chegar ao relvado já nada havia).
    recordo-me que até as placas das substituições levaram...

    do que não me esquecerei é de estar no círculo central, dar uma volta de 360º e perceber como era lindo aquele estádio...

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
    Miguel | Tomo II

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