Aos Barreiros

A faltarem três jogos é evidente que o que vem a seguir é fundamental. Parece que nas últimas três a quatro jornadas, a força das evidências (os jogos serem "fundamentais") lideram todas as análises. Isso, é obviamente fruto da liga estar renhida, e de todos sentirmos que nenhuma equipa apresenta um futebol que dissipe dúvidas quanto aos resultados que podem alcançar.

Há que dizer que as críticas a Vítor Pereira têm também de ser enquadradas com os resultados que vai obtendo e não apenas a dificuldade que este Porto tem em cativar os adeptos. 6 empates e uma derrota não é mau de todo, mesmo se é evidente que o futebol apresentado não é o mais desejável, mas como já disse desde que escrevo neste belíssimo café, houve uma altura do campeonato em que o pragmatismo passou a ser a urgência do clube, e isso, a tabela assim o atesta, foi conseguido. É importantíssimo vencer este campeonato. Como exemplo costumo dar a vitória de Jesualdo ao Benfica por 3-1, impedindo a festa que um ano depois fomos nós fazer no covil das águias, julgo que foi aí que o Porto cimentou um ano fantástico com Vilas Boas. Por isso digo, que vencer este campeonato após um ano tão peculiar, é fundamental para se arrancar a próxima época em grande e mostrar aos adversários que aquelas quinas nas camisolas têm dono.

Na Madeira o teste será complicado. Antecipo o regresso de Fernando para equilibrar o meio-campo e de novo uma equipa empenhada no resultado. Álvaro Pereira ficou de fora por opção, punição pela reacção em Braga com certeza, o que me parece bem, e mesmo se Alec Sandro mostra qualidades para o futuro, acho que até num dos dois outros jogos que faltam, o Palito merece jogar um jogo mais antes da sua provável saída (isto se internamente se portou correctamente após o incidente em Braga) porque foi um jogador que sempre deu tudo pelo Porto acrescentando qualidade à equipa.

Não há grandes segredos a esta hora do campeonato, e apesar de eu não ter gostado do plano em Braga (fui até bastante crítico), parece-me que uma abordagem similar frente ao Marítimo poderá ser bem pensado. O tal pragmatismo deve ser aplicado, não esquecendo claro, o empenho natural que é exigido a uma equipa como a nossa.