Ele há cónegos...

 

Eu bem disse que o Porto ia golear o Moreirense. Só não disse que a goleada seria de tédio. O velho problema de sempre, frente a um adversário no sistema de sempre, com o ritmo de sempre, a falta de imaginação de sempre e todos os "sempres" já aqui ditos e reditos.

O jogo não tem história que não seja a da lenta maré enchente e entediante do jogo do Porto face a um oponente que se dedica apenas a despachar as ondas para longe. A enchente do Porto é lenta e previsível, afunilada até ao desespero. A regra do jogo é essa, ir pelo meio, sempre pelo meio, em tabelas sucessivas e escusadas, em caixinhas e mais caixinhas. E claro, junta-se a isso a aparente proibição de se rematar à baliza. Este deve ser o Porto com menos tentativas em fazer golo face ao número de ataques que constrói.

Mas... e o mas é tudo nestas coisas, ganhou-se. Jackson fez um golo de cabeça num dos muitos cantos que a equipa conquistou.

É grave que no fim cheguemos à conclusão que os melhores do jogo são os centrais do Porto.

Danillo é definitivamente o jogador que menos gosto nesta equipa. A defender é péssimo, a atacar é um molenga.

VP tentou algo diferente mais cedo com uma substituição ao intervalo e depois com o lançamento de Kléber, alterando o dito sistema, mas o jogo continuou teimosamente afunilado. Mas bom, é isto, o Porto atinge números impressionantes para a Liga nos últimos anos. Não perde em casa há 4 anos, marca golos nos últimos 50 e muitos jogos, não perde há uma vintena de partidas... e ainda assim não se pode estar satisfeito face ao que se vê a cada 90 minutos. É esgotante e feio.

Mas três pontos são três pontos.