Hoje cheguei tarde ao blogue e portanto não vou "chover no
molhado". Em termos de comentários, eu faria a média entre o Filipe e o
Zero (que bom ver-te animado com o jogo do Porto, é bom sinal ò "velho das
Antas"), creio ser unânime que a equipa deu um passo em frente este
Domingo. Por agora era o que poderíamos esperar e foi o que aconteceu.
Certo que o Setúbal não é o Manchester City, mas também acho que nesse
jogo e para futuro teremos outras armas (leia-se Hulk, claro) que nos vão dar a
tal explosão de que o Filipe bem referiu. Ou seja: a um meio-campo gestor do
jogo poderemos juntar um ataque explosivo. Estou muito curioso para ver os
próximos episódios!
Em paralelo, o que me pareceu interessante nos últimos dias, e que não
teve grande relevo nem na imprensa nem aqui no blogue, ofuscada que foi pela
derrota humilhante de Barcelos e o ressuscitar de ontem (o futebol é uma coisa
linda…) , foi a pouco subtil mudança de capitão de equipa.
Digo pouco subtil, porque mal gerida, ou seja: o VP, e mais uma vez, deu
provas de falta de liderança no grupo. Se dúvidas houvesse…
Pôde ler-se na imprensa que foi o próprio Hélton que pediu para passar a
braçadeira a um jogador de campo, tendo o assunto “subido” à Administração para
análise, que respondeu positivamente.
Ponto 1: esta questão deveria, a seu tempo, ter sido liderada em todo o
momento pelo treinador, percebendo ele que com as rígidas regras de arbitragem
não é inteligente ter o guarda-redes como capitão;
Ponto 2: Perante os jogadores, esta é mais uma desautorização do teórico líder,
que numa questão que tem a ver com a gestão do grupo, viu o assunto ir
directamente parar à mesa do chefe… Algum de nós imagina um treinador a sério a
ter que pedir o aval à Administração para um assunto importante, certo, mas de
gestão do grupo?
Ponto 3: Com a entrada de Lucho, é obvio que será uma questão de tempo (pouco,
espero) para que a situação fique resolvida e bem resolvida, com o Porto a ter
um líder natural em campo. Dizia-me há pouco um amigo que foi ao Dragão, que se
respirou de alívio ao ver o Lucho a orientar permanentemente os posicionamentos
da equipa. A diferença foi enorme! Aliás e ainda relativamente ao Lucho, para
além dos dotes de futebolista, é na liderança que o Porto mais precisa dele.
Em resumo: parece-me exemplificativo do tipo de liderança que temos hoje
no nosso clube: fraca, sem impor o mínimo de respeito, sem conseguir inspirar nem motivar
ninguém, escondendo-se atrás do chefe que, por insondáveis razões a que o Zero
já fez referência, tem dado total cobertura aos vários disparates e tem-se envolvido em questões que não sendo
meros detalhes, são como se diria em futebolês “do foro interno do grupo”.
Apesar de tudo as coisas evoluem de forma positiva, ainda que não linear.
Pelo menos dentro do campo, já que fora dele estamos por agora conversados...
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