No sábado, após o jogo em Guimarães, ouvimos VP a dizer que "Demorou, mas a equipa está como quero".
Esta é, para mim, a frase que diz tudo sobre o actual momento do FCP.
Demorou, inegavelmente demorou. Mais do que a minha paciência aguentou, mas o facto indesmentível é que o FCP chega a Fevereiro num pico de forma nunca antes visto e, aos meus olhos, dificilmente antecipável há um ano atrás.
Creio também que este fenómeno só poderia acontecer num clube como o FCP, porque quando se percebeu que não havia química entre treinador e equipa, decidiu-se dar ao treinador outra equipa e não, como normalmente se faz, procurar outro treinador.
Diz-se no futebol: "fica mais barato despedir um treinador do que os jogadores", pois no Porto saíu Fucile, saíu Cristian Rodriguez, saíu Souza, saíu Rolando, saíu Iturbe.. Alguns deles por razões ligeiramente diferentes, admito, mas foi feita uma renovação de equipa, coisa que em 99.99% dos clubes não aconteceria.
O FCP , apelidado em tempos e com muita propriedade pelo Filipe, de "Barcelona de trazer por casa" é hoje uma equipa que se impõe com o estilo rolo compressor: empurra, empurra, empurra até que a outra equipa cometa o primeiro erro. Isso consegue-se com pressão, força física, extrema organização táctica e vontade. O Porto mostra tudo isso. Dir-me-ão: "contra o Gil Vicente e Guimarães...". É verdade, mas recordo apenas que começamos esta liga precisamente a perder pontos em Barcelos e que, sobretudo, muitas vezes o Porto perdeu pontos com equipas "pequenas". E quando não perdia pontos, muitas vezes miraculosamente, o espectáculo era pouco mais que suporífero.
Se estou rendido a VP? Não, continuo a não gostar do estilo e do discurso do espinhense.
Se estou rendido ao futebol do Porto de VP?
Sim, estou convencido que esta equipa irá muito longe.
E isso é o que conta.
Já divergimos, aqui, na época passada sobre o VP. Sempre o defendi, e felizmente o seu trabalho está a ter sucesso. Não foi a equipa que mudou por causa do treinador, foram as maçãs podres do balneário que foram mandadas embora. Apesar dessas maçãs podres, o VP ganhou o campeonato na época passada com todo o mérito. Há muito que não via o Porto com uma ideia de jogo tão clara e tão bem executada. Felizmente o PdC e o AH sabem muito mais de futebol do que muitos dos blogueiros do universo portista, que no ano passado fizeram uma campanha execrável contra o VP. De qualquer forma fica-lhe bem dar o braço à palmatória.
ResponderEliminarComo não vi o jogo não vou escrever a habitual crónica. Mas é bom ver movimento por aqui. O D. Pedro IV falou bem. A questão VP, ou de qualquer treinador é para se ir discutindo. Os resultados é que ditarão o saldo. Mérito ele vai conquistando, foi campeão no ano passado e até agora é o que tem para mostrar. O futebol que a equipa apresenta tem subido de nível mas contará pouco se não se traduzir em títulos. A confiança regressou, mas o caminho difícil é agora. Na Liga o rival também não cede e a Champions sabemos bem quão complicada é. Vamos em frente.
ResponderEliminarGrilo Falante: vamos então divergir uma outra vez! Acho exagerado dizer que VP ganhou o campeonato passado com todo o mérito. Estou convencido que, em primeira instância, foi o Benfica que o perdeu e que foi a gestão desportiva do FCP que veio ao de cima, sobretudo com a contratação de Lucho, um líder que complementava uma clara fraqueza de VP.
ResponderEliminarE reafirmo o que escrevi no post: quando se percebeu que não havia química entre treinador e equipa, decidiu-se dar ao treinador outra equipa.
As (minhas) críticas a VP não foram execráveis, muito menos campanhas... Não me dou essa importância. Como bem diz o Filipe, esta questão dos treinadores é para ir analisando, consoante o momento. Neste momento VP tem uma parte significativa do mérito no estado actual da equipa. Utilizando o mesmo critério, tinha muita da responsabilidade pelo mau momento da equipa na época passada.
Como diz o outro: "50 shades of grey..."